sexta-feira, 12 de junho de 2009

Debate sobre Ética e Conflitos

No dia 27 de Maio, os alunos do décimo primeiro ano desenvolveram um debate público em torno do tema "Ética e Conflitos". Deixamos aqui a síntese desta actividade, elaborada pelas alunas Sara Castanheira e Vânia Laceiras.

No passado dia vinte sete de dois mil e nove pelas quinze horas, os alunos do 11º ano das turmas A, B e C reuniram-se, juntamente com os professores Carla Marques, Carla Figueiredo e José Moreno, na biblioteca da escola para realizarem um debate em torno do tema “Ética e conflitos”. O debate foi preparado com base no visionamento do filme “Elephant”, a partir do qual os alunos extraíram vários subtemas passíveis de discussão e análise, a saber: a ética da informação, a influência dos jogos de computador no comportamento juvenil, bullying e o papel da sociedade da formação de jovens e contra a violência. O debate estruturou-se em quatro fases: a apresentação dos temas tratados por cada grupo, feita pela moderadora Rita Ferreira; o porta-voz de cada grupo teve direito a três minutos para fazer um breve apresentação do seu tema e expressar a sua opinião; a moderadora fez uma pergunta a cada elemento responsável do grupo; participação do público, que pôde expressar a sua opinião relativamente aos temas em discussão. O primeiro tema a ser discutido foi a comunicação e ética. Analisaram este assunto Ricardo Sousa e Fábio Alves. Ricardo afirmou que a Internet é um espaço livre, onde cada pessoa pode aceder em qualquer altura e sustentou que este espaço não é controlável nem sequer passível de controlo por parte de entidades responsáveis. Afirmou também que “ nós somos patrões de nós próprios”. Exprimiu a opinião que se deve educar as pessoas para que elas saibam controlar a própria Internet, exemplificando da seguinte forma: “ se o meu filho não pode ver isto, ele não vê e pronto!” No entanto Fábio, por seu turno, discordou de Ricardo, afirmando que a Internet deve ser controlada, que se tem de controlar a liberdade que esta implica. Defendeu também que actualmente a internet já é vigiada. Afirmou ainda que se deve ensinar as crianças que não devem procurar conteúdos potencialmente perigosos. Terminou defendendo o controlo da utilização da internet como forma de prevenir a elaboração e a leitura de páginas com conteúdos perigosos. Rita Ferreira sintetizou citando Martha Smith: “Os meios de comunicação são cada vez mais acessíveis, por isso é urgente discutir a ética de informação”. Passou-se, de seguida, ao tema dos jogos de computador. A moderadora introduziu o tema afirmando que é frequente que saiam no mercado jogos para a consola ou PC que geram controvérsias entre pais, jovens, professores, psicólogos e políticos. Existem jogos como o GTA, Bully e Counter Strick, que fizeram correr muito tinta e que foram até proibidos em alguns países. Há quem creia que estas produções são más. Do outro lado, estão os que julgam que elas não representam um problema e os que acham que até é bom. Todavia, os jogos violentos têm sido apontados como fortes motivadores de violência nas crianças. No painel, Daniel Marques defendeu a existência dos jogos do PC, enquanto Patrícia Mamede se colocou contra os mesmos. Daniel afirmou que os jogos de PC não influenciam em nada os jovens, pois só joga quem quer esses jogos violentos. Afirmou ainda que quem tem a culpa são os pais, pois são eles que não controlam os filhos nem lhes dão educação em casa. Defendeu, então, que o problema da violência se encontra nos pais e não nos jogos. Pelo contrário, Patrícia sustentou que os jovens que jogam esses jogos se tornam violentos e a culpa não é dos pais, pois eles até tentam impedir mas não conseguem porque para os filhos os jogos de PC violentos já são um vício. Acrescentou que, em algumas situações, os filhos chegam inclusive a faltar às aulas para poderem jogar à vontade. Patrícia sustentou ainda que não é possível encontrar uma solução consensual, mas seria importante que se moderasse a violência nos jogos e que se aumentasse o custo dos jogos violentos. O bullying é um termo inglês que se refere a todas as formas de atitudes agressivas tanto físicas como psicológicas/ intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, executadas perante uma situação de desequilíbrio de poder dos mais fortes para com os mais fracos. Entre agressores e vítimas encontram-se envolvidos mais de 50% dos que frequentam o sistema escolar em Portugal. No entanto, as vítimas são em maior número do que os agressores e é muito mais o número de pessoas que assistem sem denunciar a situação. Adriana, falando desta situação, culpou a escola de não querer ajudar a resolver este problema. na sua opinião, deveria existir mais diálogo entre a vítima e a escola. Recordou, ainda, que podem existir dois tipos de bulling: o directo e o indirecto. Em jeito de conclusão, Adriana recordou que quem passa por esta situação é que sabe o sofrimento que ela implica. Por fim, o último tema a ser debatido foi a sociedade. Para abordar a temática, tomou a palavra Ana Isabel Carvalho, que defendeu que uma sociedade é um conjunto de pessoas que vive numa comunidade organizada e que, entre outras coisas, partilha preocupações e interesses comuns. A sociedade e as suas organizações, como a escola e, mais elementar e importante, a família, têm um papel preponderante na educação dos novos cidadãos e por isso deve-se discutir quais as melhores maneiras de o fazer, tendo em conta o fim da violência. Ana Isabel defendeu que a culpa da violência é dos pais e não da escola. A sociedade devia tomar medidas e separar os grupos conflituosos. Na escola deviam existir câmaras de vigilância para gravar o comportamento dos alunos e a própria disposição arquitectónica da escola deveria evitar espaços escondidos onde a violência de gera sem testemunhas. Em suma, o debate levado a cabo pelos alunos do décimo primeiro ano teve bastante sucesso a todos os níveis, na medida em que todos os envolvidos conseguiram, de forma adulta e madura, abordar as temáticas, discuti-las e confrontar pontos de vista. Embora do debate de ideias não tenha saído uma visão unânime da violência escolar e da problemática da ética da informação, sabemos que, neste momento, os alunos estão atentos e motivados para uma reflexão crítica em torno destas questões tão importantes. Só por isso, o debate foi um verdadeiro sucesso.

As secretárias: Sara Castanheira e Vânia Laceiras














quarta-feira, 3 de junho de 2009

Melhor texto (resultado da votação)

Terminou hoje a votação para o melhor texto dos alunos de 10.º e 11.º anos.
E os resultados são...

1.º lugar: Estava um sol abrasador, de Ângela, do 11.º B
2.º lugar: Saudade remexida, do Miguel, do 10.º B
3.º lugar: Diferença... de cores, de Alexandra, do 11.º B

Parabéns a todos e esperamos mais textos com qualidade.
Vamos escrever na férias!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vamos ao cinema!

Esta sexta-feira, os alunos do 10.º ano assistirão ao filme "O Leitor", realizado por Stephen Daldry, com Kate Winslet (vencedora do Óscar para a melhor actriz) e Ralph Fiennes.
Pretende-se que este filme funcione como motivação para o estudo da coesão temporal.
Aguardam-se as reacções.
Assista a um pequeno trailer aqui: http://www.youtube.com/watch?v=8tCqSm4Phug

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Contrato de Leitura - 10.º ano

  • Mário Zambujal, Crónica dos bons malandros
  • Soeiro Pereira Gomes, Esteiros
  • Jorge Amado, Capitães da Areia
  • Manuel da Fonseca, O fogo e as cinzas
  • Carlos de Oliveira, Uma Abelha na Chuva

domingo, 22 de março de 2009

Jovem Sofrimento

Deixo-vos hoje um texto do Ricardo. Ele aborda um tema duro e forte de forma dura e forte.

jovem_sofrimento

terça-feira, 17 de março de 2009

Estava um sol muito abrasador

A Ângela oferece-nos hoje um texto de mistério, com mortes, investigação e muitas surpresas.

Estava Um Sol Muito 1

segunda-feira, 16 de março de 2009

Diferenças... de cores

A Alexandra oferece-nos um texto onde se reflecte sobre a diferença de cores ou outra qualquer...

As cores

terça-feira, 3 de março de 2009

Uma página de diário

A Cristina abre-nos uma página do seu diário. Aí relata uma história que tem tanto de triste como de humano.

Querido Diário

Para o 10.º ano

Como prometido, aqui ficam os números secretos: 2260.
Agora é só fazer as contas...
Até amanhã.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

um, dois, três...

Chegou a vez dos textos produzidos por alunos do 11.º ano. Começamos pelo texto da Ana Isabel, que nos apresenta um texto narrado por um cão ternurento e tão sensível que quase parece humano. Um, dois, três...

Texto Livre 1

Top obras do Contrato de Leitura

Podemos ver nas escolhas dos alunos como foi importante a ajuda do 11.º ano. Observemos o top das escolhas para cada uma das turmas de 10.º ano.

Top 10.ºB

Top 10.ºC

Melhor "Encarnação"

Os alunos do 10.º ano escolheram, entre as encarnações de personagens a que puderam assistir, aquelas que tiveram mais qualidade. Vejamos os resultados.

Para o 11.A:

Para o 11.ºB,C

Chá - Café com Letras (edições V e VI)

Aqui ficam algumas opiniões avulsas, deixadas por alunos do 10.º ano, sobre as edições do Chá - Café com Letras de Janeiro, onde foi possível assistir a "encarnações" de diferentes personagens de algumas obras do Contrato de Leitura proposto para o 10.º ano. Para que nos continuemos a reinventar...

Num ambiente bastante acolhedor, procederam-se a excelentes encarnações das personagens, levadas a cabo pelos alunos do 11.º ano, turmas B e C. Embora com uma faceta de nervosismo, que não se conseguiu ofuscar, as alunas souberam criar em nós uma sombra de expectativa. Mais uma vez o travo oriental do chá, o sabor requintado do café e o doce paladar dos bolos fez-nos criar um espaço onde se interligam a “utopia” dos contos e os sabores que nos agradam.
Mónica, 10.ºB

No dia 26/01/2009, decorreu mais uma edição do Chá - Café com Letras. Foi bastante melhor do que a edição anterior, na minha opinião. Gostei mais do modo de apresentação desta edição, porque a encarnação das personagens feitas pelos alunos do 11.º B e C foi mais motivadora.
Tiago Vieira, 10.ºB

Gostei bastante da ideia da encarnação de personagens feitas pelos alunos, pois esta ajudou-me a entrar melhor na história e a poder retirar uma opinião mais fundamentada das obras em questão.
Miguel, 10.ºB

Este Chá - Café com Letras foi mais produtivo do que o anterior, foi mais engraçado e penso que mais cativante e por isso não tive dúvidas quanto à obra a escolher para contrato de leitura.
Diogo, 10.º B

Eu gostei globalmente da actividade. No entanto, tive pena de não ter visto a representação de todas as obras do contrato de leitura. Achei a actividade dinâmica e instrutiva, porque com isto podemos ter uma ideia daquilo que realmente temos de fazer no nosso trabalho.
Marta, 10.ºB

Gostei, pois é uma espécie de aula dada pelos alunos do 11.º ano (e é divertida também), que nos ajuda a escolher mais facilmente os livros para o contrato de leitura.
Bryan, 10.ºB
Eu acho que a actividade Chá - Café com Letras foi muito útil porque serviu para esclarecer muitas dúvidas em relação aos livros que podíamos escolher.
Manuel, 10. ºC

Na minha opinião, a actividade foi muito interessante. Apesar de ter escolhido o livro antes do Chá - Café com Letras, não resisti a assistir.
Ana Filipa, 10.ºC

Eu achei esta ideia brilhante, tal como da última vez. Mais foi muito mais interessante por causa da maneira como os alunos conseguiram entrar no papel e representá-lo de uma forma excelente.
Nina, 10.ºC

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sombra Multicolorida

Chegou a vez do texto da Mónica. Com ele entramos num universo quase surreal, onde vivemos rodeados de seres que estranhamente podem condicionar a nossa forma de ser e de pensar... Mergulhemos nas "sombras"...

Sombra Multi Color Ida

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Chá-Café com Letras (edição VI)

O novo chá-café com Letras é já na próxima segunda-feira, dia 26 de Janeiro. Os alunos dos 10.º A e 10.º B assistirão às "encarnações" de personagens levadas a cabo por alunos dos 11.º B e C. Das obras lidas sairão as seguintes personagens:

Tita e Mãe Helena, de Como água para chocolate, de Laura Esquível,
Kamala, de Siddartha, de Herman Hesse,
Bayardo San Román e Ângela Vicario, de Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez,
Pedro, do conto A Estrela, de Vergílio Ferreira.

Estão convidados!

Saudade Remexida

Desta vez, ficamos com o texto do Miguel Abrantes (10.ºB). O Miguel fala-nos de uma saudade muito muito secreta que ele guarda num cantinho doce da sua alma... Silêncio! Vamos Ler!

A Saudade Remexida

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Chá-Café com Letras (edição V)

É já amanhã o novo Chá-Café com Letras.
Contamos com os alunos do 11.º A que virão encarnar as seguintes personagens:

Mãe Helena, de Como água para chocolate, de Laura Esquível,
Bayardo San Román, Santiago Nasar e Pablo Vicario, de Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez,
três personagens dos Contos impopulares, de Agustina Bessa Luís.


A assistir estarão os alunos da turma C do 10.º ano.
Teremos personagens, literatura, conversa e, claro, chá, café e bolos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Distraio-me no Olhar

O primeiro texto é da autoria de Susana Pais, do 10.ºC.
Vamos ler...

Distraio-Me No Olhar

Momentos de escrita...

Caros alunos:

Vamos, nesta semana, dar início à divulgação dos melhores textos que por cá se escrevem. Estes textos foram, como sabem, seleccionados entre as melhores produções escritas incluídas nos portefólios/webfólios do 1.º período. Agradecemos aos alunos que os conceberam e que agora decidiram que era o momento de partilharem com os seus colegas momentos de escrita.
A nós cabe-nos o prazer de desfrutar um momento de leitura... Lá mais para o final do período, vamos ainda eleger os textos que mais nos tocaram... pela forma como foram escritos, pelo tema, pelas personagens. Enfim, por um motivo literariamente válido.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Chá-Café com Letras (edições V e VI)

Pois é... Os alunos do 11.º ano estão dispostos a novas tertúlias literárias com o 10.º ano. Estes últimos agradecem, porque esta actividade fornece pistas muito úteis para a selecção da obra a ler no âmbito do contrato de leitura.
Desta vez, os alunos de 11.º ano "encarnarão" personagens de algumas das obras que integram as propostas de leitura para o 10.º ano, partilhando connosco a visão que tiveram de uma determinada personagem e do seu percurso na narrativa.
Teremos, assim, na Biblioteca da escola, ao vivo e a cores, as seguintes personagens:

- no dia 22 de Janeiro:

  • Mãe Helena, de Como água para chocolate, de Laura Esquível,
  • Bayardo San Román, Santiago Nasar e Pablo Vicario, de Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez,
  • três personagens dos Contos impopulares, de Agustina Bessa Luís.

- no dia 26 de Janeiro:

  • Tita e Mãe Helena, de Como água para chocolate, de Laura Esquível,
  • Siddartha, da mesma obra, de Herman Hesse,
  • Bayardo San Román e Ângela Vicario, de Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel García Márquez,
  • Pedro, do conto A Estrela, de Vergílio Ferreira;